quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Texto: Gêneros e ensino de língua: Faces discursivas da textualidade


RESUMO


Este artigo tem por objetivo discutir as diferenças existentes entre gêneros discursivos e tipologias textuais;levando-se em conta algumas conseqüências para o ensino das práticas de leitura e produção de textos.
O presente trabalho está fundamentado sob a perspectiva teórica das concepções bakhtinianas de gêneros discursivos. O conceito de linguagem e de ensino previlegiados envolvem indivíduo, história, cultura e sociedade. Os conceitos de gêneros discursivos e tipologias textuais contribuem para um trabalho efetivo com a língua e a literatura.
O artigo pretende contribuir no âmbito da lingüística teórica e aplicada, para o esclarecimento de formas como as teorias bakhtinianas vem sendo mobilizadas. Dentro deste contexto o autor relata como o texto dirigido ao ensino de língua portuguesa na Estrutura dos Parâmetros Nacionais para o ensino fundamental aborda a questão dos gêneros, derivada da concepção de linguagem e língua. Segundo os PCNs os conceitos de discurso, texto e gênero mesclam gênero discursivo e tipologia textual,estruturando o trabalho com ensino e aprendizagem de língua, quase que exclusivamente a partir de tipologias texuais. A partir destas concepções, segundo o autor, aparecem conceitos de gêneros discursivos, em parte diretamente calcados em Bakhtin; embora não haja referência no corpo do texto. Antes de chegar á questão dos gêneros discursivos, Bakhtin definiu a enunciação como produto de interação social. Qualquer enunciação fará parte de um gênero. Não se pode falar em gêneros sem pensar na esfera de atividades em que eles se constituem e atuam, aí implicadas as condições de produção, de circulação e de recepção. Em Bakhtin observa-se que não há possibilidades de mecanicamente operacionalizar conceitos preestabelecidos, na medida em que ele não acreditava ser função das Ciências Humanas, oferecer modelos acabados de descrição. O artigo encerra descrevendo que as indicações dos PCNs embora coerentes e produtivas, por encerrarem o trabalho com o texto em modelos preestabelecidos, afastam-se da proposta do dialogismo bakhtiniano diante do texto, da vida, do conhecimento.
Palavras-chave:Gêneros discursivos. Tipologias textuais. Ensino.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O ensino de produção textual com base em atividades sociais em gêneros textuais

Motta – Roth, D. O ensino de produção textual. Revista Linguagem em Discurso, vol.6, nº 3, Set/dez.2006


RESUMO


Este artigo apresenta uma abordagem sobre a importância de se explorar o gênero textual no processo de ensino de línguas, em especial, no ensino de produção textual. O objetivo do trabalho é encorajar o debate sobre as possibilidades pedagógicas da concepção de gênero textual para o ensino de produção textual, essa concepção pressupõe que os usos da linguagem sejam vistos como atividades sociais, que ocorrem em um dado momento imediato de situação dentro do âmbito mais amplo do contexto de cultura. Na primeira parte do artigo o texto apresenta a concepção de gêneros textuais e inclui também a perspectiva de linguagem adotada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Gêneros se constituem numa combinação de elementos em função da institucionalização de usos da linguagem, e por isso, emergem a partir da recorrência de usos da linguagem, por pessoas que compartilham de uma organização social. A perspectiva de linguagem dos PCNs é orientada para a vida social e , segundo o texto, se configura um avanço adotado na escola em que se ensinava de maneira descontextualizada conteúdos da gramática normativa. Na segunda parte, o artigo apresenta as orientações dos PCNs para o Ensino Médio, estes apresentam três orientações para o uso do termo gênero: Tipo de texto, Estratégia retórica e Evento institucionalizado.Dentro do artigo observa-se que ensinar linguagem é mais do que estudar estruturas da língua, pois se concentra em levar o aluno a desenvolver competências analíticas dos contextos de uso da linguagem, de modo a se tornar capaz de analisar discursos. A contribuição da noção de gêneros textuais para o ensino de linguagem deve chamar a atenção para se vivenciar na escola atividades sociais. O texto evidencia a importância de ensinar a produção textual com base em atividades sociais e gêneros textuais, afirmando que os alunos devem aprender maneiras de participar nas ações de uma comunidade. Uma prática pedagógica que contribua para o desenvolvimento, no aluno e no professor, da consciência crítica dos aspectos contextuais e textuais do uso da linguagem.


Palavras-chave: Gêneros textuais – Ensino – Produção textual

A produção em diferentes perspectivas teórico-metodológicas

Texto: A produção em diferentes perspectivas teórico-metodológicas


RESUMO

Este artigo descreve perspectivas teóricas e metodológicas para a produção textual. O objetivo deste trabalho é refletir sobre a produção textual, verificando o ponto de vista lingüístico-discursivo, contemplando a perspectiva de práticas de ensino e de aprendizagem. Cada perspectiva apresenta uma maneira diferente de se trabalhar a produção textual. O artigo apresenta vantagens e desvantagens destas perspectivas, avaliando suas contribuições para o trabalho do professor em sala de aula. A perspectiva dita tradicional é aquela que, segundo o texto, pouco difere das práticas escolares que vigoravam desde a criação de escola em catedrais e igrejas. A perspectiva centrada no aspecto lingüístico contempla um estágio avaliativo pré-teórico, essas avaliações não tocam a competência textual. Percebe-se que se formula questões teóricas, mas estas não são inseridas nas ações de sala de aula. A perspectiva centrada no aspecto cognitivo, considera que ensinar uma língua é mais do que fazer com que sejam adquiridos automotismos, nesta perspectiva o indivíduo tem um papel de primeiro plano em sua aprendizagem. A perspectiva centrada na enunciação e no discurso surgiu a partir das teorias da enunciação e da pragmática. Ela apresenta a vantagem de não se fixar apenas nos aspectos lingüísticos ou cognitivos e propõe levar em conta a situação de uso e do discurso. A perspectiva centrada no discurso e no sujeito discursivo relativamente autônomo, propõe considerar não apenas a linguagem verbal, mas também as práticas sociais. A perspectiva da autonomia relativa na produção apresenta vários fatores que contribuem para a produção textual de forma mais abrangente. Apresenta-se uma proposta de produção ativa, abrindo-se espaço na sala de aula para ações opostas as práticas de reconhecimento e de reprodução, tão dominantes nas instituições de ensino e na sociedade. O texto enfatiza também, a importância do papel do professor dentro deste processo, pois é ele quem irá escolher qual perspectiva implantar em sua prática pedagógica. O artigo defende a necessidade de investigações, que interfiram nas situações e na formação, abrindo-se espaço para práticas que desloquem o leitor e produtor da posição de passividade.



Palavras-chave: Leitura- Produção- Perspectivas teórico-metodológicas

O fantástico mundo da linguagem

Texto: O fantástico mundo da linguagem


RESUMO


Este artigo destaca a importância da linguagem e aborda de forma clara vários aspectos que influenciam a língua. O objetivo do artigo é descrever um pouco da história da lingüística e a importância do estudo da linguagem. O trabalho está dividido em algumas sessões distintas. Inicia falando da importância da linguagem e aborda algumas teorias para explicar a fala. A partir deste contexto é apresentada a origem dos estudos lingüísticos através de uma abordagem histórica. Apresenta-se a língua e o signo na Idade Média e na Renascença, passando para o estudo histórico-comparativo das línguas, onde se descreve a origem da lingüística como ciência. Dentro deste processo se destaca o nascimento da Lingüística Moderna, que tem o lingüísta suíço Ferdinand de Saussure como seu fundador. Saussure apresentou um método que explicava como a língua funciona, seu método recebeu o nome de estruturalismo, ele transformou o estudo da linguagem em um valioso meio de compreender a ideologia dos povos. Passa-se, então, à evolução e conquistas do estruturalismo, verificando-se os aspectos positivos e negativos deste método, percebendo-se que a partir dele outras teorias sobre linguagem surgiram, como a gramática Gerativo-transformacional. Noam Chomsky, lingüista norte-americano é o autor desta nova teoria. Chomsky pensou que, se fosse descobrir o que há de universal na linguagem humana, a estrutura do pensamento seria obtida e poderia ser adaptada a qualquer língua. Destaca-se no texto que no início dos anos 70 ocorreu uma transformação da semiologia estruturalista na semiótica. Verifica-se as aplicações da lingüística e da semiótica descrevendo a importância que ambas possuem em campos diferentes de aplicação da linguagem. O texto encerra enfatizando que os estudos sobre lingüística e semiótica continuam a se desenvolver e que estudar a língua é imprescindível para entender a comunicação humana e viver em harmonia.


Palavras-chave: Linguagem – Estudo – Lingüística.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

primeiras idéias aula Profª Tânia Moreira

1º aula profª. TANIA MOREIRA - CURSO POS-GRADUAÇAO URCAMP S.G.

CURSO DE LETRAS


MINHAS IDÉIAS INICIAIS SOBRE LINGUAGEM, ENSINO DE LINGUAS E MATERIAL DIDÁTICO PARA TRABALHAR.


A linguagem é um instrumento através do qual o homem se comunica. Ela pode ser expressa de varias formas, por meio do texto verbal e do não-verbal. É inquestionável o poder da linguagem nas relações humanas, seja do homem com seu semelhante ou do homem com o mundo que o cerca.
Sendo evidente esse poder que a linguagem exerce nas pessoas ou através delas, é importantíssimo refletir sobre o ensino da linguagem. Sabemos que é na escola que o individuo, criança, têm o seu primeiro contato com o ensino de língua materna, o ensino formal. Mas, esse ensino inicia-se em casa junto dos pais e familiares. Estimular a criança e observar o desenvolvimento de sua aprendizagem de linguagem é uma tarefa que inicia em casa. Contudo, cabe ressaltar a importância da escola neste processo de construção da linguagem pela criança. É papel da escola como um todo, planejar e saber trabalhar o ensino de línguas com seus alunos, e nesta tarefa o professor têm papel fundamental.
Pensar e planejar tarefas que realmente envolvam e levem os alunos a adquirir e ampliar conhecimentos na área de linguagem, envolvendo tanto leitura quanto escrita é algo indispensável para a educação.
Neste contexto, devem ser muito bem selecionados o material didático que se vai trabalhar em sala de aula. Alguns aspectos devem ser observados: a linguagem de acordo com a faixa-etária e a realidade do aluno, o aspecto físico do material, temas que sejam agradáveis ao aluno, para que o ensino seja prazeroso e desperte o aluno para aprender cada vez mais; é importante também desenvolver no aluno o gosto pela leitura.